quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ressuscita-me - "Remove a minha pedra"

"Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias... Tiraram, então, a pedra. E Jesus... clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir." João 11.39-44

Queridos, isto não é uma crítica ao autor ou à intérprete, mas a um evangelho fraco que não é o do Senhor Jesus. Sei que Jesus é capaz de remover qualquer pedra, mas quis aproveitar a canção para dar um destaque àquilo que temos esquecido devido à mensagem pós-moderna da igreja. Não me levem a mal. Sei também que a pedra do sepulcro de Jesus foi removida por Ele, mas esta canção fala ESPECIFICAMENTE da pedra de Lázaro. Portanto, esforcei-me apenas a focar neste texto. Mas as críticas e os comentários são sempre bem-vindos.

Dia desses pensava sobre a mensagem da música "Ressuscita-me", cuja intérprete é a Aline Barros. A canção é simplesmente linda e reflete nossos maiores anseios de vivermos os milagres de Deus, mas a frase "Remove a minha pedra" ficou martelando em minha mente durante alguns dias.

No texto supracitado diz que Jesus deu ordem para que se tirassem a pedra e isto não é novidade para ninguém, até mesmo porque já ouvimos algumas mensagens sobre o texto as quais nos fazem refletir sobre a constante disposição de Jesus em realizar um milagre, no entanto sempre há uma tarefa humana a ser desempenhada por nós, receptores do milagre.

Jesus não removeu a pedra porque esta atividade poderia perfeitamente ser feita por quaisquer outras pessoas.

Em nossa sociedade imediatista cuja centralidade do 'EUvangelho' é o homem, nada mais natural do que se apregoar esse novo pedido ao Mestre: Remova também a pedra. Só o milagre não basta. Queremos que Jesus remova até a pedra, ou seja, nem mais a nossa parte queremos fazer. É o famoso esforço ZERO. Não queremos ter nenhum tipo de trabalho... o que importa é receber.

Ficamos sentados como patrões esperando o serviçal Jesus nos atender. E se Ele não fizer o que queremos e lhe ordenamos, prontamente o demitimos de nossas vidas. Não é esse o Evangelho de Jesus. Está tudo errado.

Não quero aqui tecer nenhum tipo de crítica ao autor e à intérprete desta canção. Minha intenção é chamar a atenção da igreja para o rumo em que tem tomado.

Ao analisarmos os Evangelhos de Jesus percebemos claramente que estamos indo em direção contrária aos seus ensinamentos. Se somos chamados de evangélicos porque obedecemos às diretrizes registradas nos Evangelhos, deixar de cumpri-las caracteriza que temos perdido nossa identidade em Cristo Jesus e isto é gravíssimo.

Antes de divulgarmos músicas, mensagens etc apenas por serem atraentes e bonitas, precisamos saber se estão em conformidade com a Palavra, mas antes de qualquer coisa, temos de voltar aos rudimentos da Palavra ensinada por nosso amado Jesus e seguida piamente por Seus discípulos, os quais estavam dispostos a doarem suas próprias vidas em favor desse Evangelho puro e imaculado. Eles sim não se importavam no esforço que fariam. Abriram mão de suas vidas por conta de algo muito maior e excelente, a causa de Jesus. Será que a igreja brasileira está preparada para padecer perseguições em nome do Senhor Jesus? Deus nos livre!

Que esta pequena publicação sirva de análise aos cristãos evangélicos.  

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Fé ainda remove Montanhas

"E ele [Jesus] lhes respondeu: ... Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível." (Mateus 17.20 - RA)


Esse texto é bastante intrigante porque temos uma noção do que podemos fazer com a fé que Deus tem nos dado. Quando criança, ao lê-lo, ficava, como Bob em seu mundo maravilhoso, pensando nesse transporte de montes e minha mente sempre enxergava de maneira literal um monte se movendo em outra direção, como na ilustração ao lado. Isto sempre me fascinou.


Embora eu creia que esta palavra pode acontecer literalmente, penso que não há um propósito em se realizar tal proeza. Então será que esse texto perde o significado e deve ser desconsiderado? De maneira alguma.


Sabe qual é a maior montanha a ser removida de nossas vidas? 


A incredulidade. Isto mesmo! A incredulidade tem nos impedido de desfrutar as maravilhosas bênçãos de Deus para nós. 


Há alguns dias, enquanto participava da reunião do corpo docente do Seminário Teológico Maranata, ouvi a conversa de dois queridos amigos, o Pr Eduardo Collaço, diretor da instituição, e a Profª Andréa Cherfan. O Pr Collaço estava esclarecendo-lhe uma dúvida teológica a qual causa bastante polêmica. 


No término de sua explicação, o Pr Collaço contou-lhe um testemunho de uma irmã, que por desconhecer os idiomas em que a Bíblia foi escrita originalmente e nem ter noção alguma de exegese bíblica, tomou posse de uma palavra bíblica que em nossa tradução dava-lhe uma margem para que recebesse a cura. Ao fazermos uma análise teológica do texto percebemos que não há jeito para aplicar a palavra no contexto do que aquela senhora precisava, mas ela creu e recebeu do Senhor.


O Pr Eduardo concluiu: "Teologicamente dou um banho nela, mas em questões de fé, naquela ocasião, ela me superou".


Após isto a Profª Cherfan disse: "Por isso que às vezes a ignorância é a maneira mais eficaz de desfrutar da Palavra de Deus".


O que ela quis dizer com isto? Às vezes, muito conhecimento nos traz incredulidade. Você passa a viver racionalmente. Tudo tem de estar dentro do seu controle... você só toma um passo mediante o que seus olhos naturais estão vendo... não tem ousadia para tomar posse da Palavra de Deus e desfrutar de tudo o que você pode... quer viver algo novo, viver milagres, mas no momento em que o Senhor lhe dá a oportunidade de crescer em fé, você desiste e toma atitudes mediante à razão.


Perceba bem o que a Palavra diz: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11.6).


Leia novamente o versículo.


O que diz?


"De fato" - É uma constatação da verdade. Fato é algo real ou verdadeiro. O escritor de Hebreus estava chamando a atenção para a sentença seguinte:


"Sem fé é impossível agradar a Deus" - Você só conseguirá agradar a Deus se tiver fé. Ele quis dizer: Olha só, eis aí uma grande verdade a qual experimentei, só consigo agradar a Deus se eu agir por fé". Mas fé em quê?


Ora, em Deus, é claro na sentença seguinte:


"porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe" - Para que você aja por fé a ponto de agradar a Deus, você, primeiramente, terá de crer que Ele existe. E isto só será possível mediante a sua aproximação a Ele.


Aí o que acontece? Vejamos a conclusão do versículo:


"[Deus] se torna galardoador dos que o buscam - Isto quer dizer que a partir do momento em que você passa a buscar o Senhor e crer nEle e no que pode Ele fazer, Deus torna-se "galardoador". O que é isto? Galardão é "recompensa por valiosos serviços prestados, por mérito especial" (Dic. Aulete Digital). Logo, o galardoador, neste contexto, é aquele que dá presentes e prêmios àqueles que creem em Deus e no Seu poder.


Veja o mesmo texto na NTLH: "Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor."


Para não tornar esse texto cansativo, concluo dizendo o que aprendi com o meu pai, Pr Adérito, sobre o texto citado no início deste pequeno estudo: A fé não é do tamanho do grão de mostarda, como muitos sugerem, mas COMO um grão de mostarda. Qual a diferença?


Se a Bíblia dissesse que a fé é do tamanho desse minúsculo grão, sugeriria que ela teria sempre de ser pequena, raquítica e limitada. Mas ao dizer que é COMO um grão de mostarda, a Bíblia nos ensina que a fé pode começar bem pequena, como o grão, mas deve ser exercitada a ponto de atingir outros patamares, já que a mostarda é uma árvore frondosa, a maior das hortaliças. 


Então, a exemplo da mostarda, a fé só deve ser pequena no início, depois, no seu desenvolvimento, ela tem de se tornar grande, como a árvore dessa semente. 


Quando você experimentar um sobrenatural de Deus por meio da fé, busque outros. Não deixe sua fé mirrar e manter-se uma semente improdutiva a vida inteira.


Esta palavra surgiu em meu coração por causa do desejo em compartilhar um grande milagre: o nosso Galardoador nos presenteou com um terreno em Guadalupe no valor de 380 mil reais sem possuirmos 1 real sequer para este fim. Em breve relatarei isto em nova postagem.


Tenha fé!