quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Síndrome de Faraó

“Pequei contra o Senhor, o seu Deus, e contra vocês! Agora perdoem ainda esta vez o meu pecado e orem ao Senhor, o seu Deus, para que leve esta praga mortal para longe de mim.” Êxodo 10.16,17 (NVI)

Nesses dias, quando lia sobre a libertação do povo hebreu do Egito, o texto acima saltou a meus olhos como nunca antes e ouvi a voz do Espírito me dizer sobre a “Síndrome de Faraó”.

Passados quatrocentos anos no Egito, chegou a hora de o povo hebreu voltar para sua terra. Porém, Faraó, um homem obstinado e de coração endurecido, se negou a obedecer à ordem de libertação vinda de Deus, visto que não queria perder sua mão de obra escrava.

Por causa de sua insistência em não deixar o povo partir, Deus enviou dez pragas, as quais você conhece muito bem.

Mas o motivo de eu escrever este devocional foi a atitude de Faraó no momento em que recebeu as pragas. Ele estava em uma situação desesperadora, a qual percebia o quanto era pequeno diante do poder de Deus. Faraó foi tomado de um enorme pavor que chegou a reconhecer que pecara contra Deus e o povo hebreu. Sua angústia, por não ter a situação sob controle, foi tão grande que decidiu deixar o povo sair do Egito para adorar a Deus no deserto.

Passado o momento de caos, logo esqueceu-se da promessa e voltou a submeter o povo à escravidão. Isto aconteceu algumas vezes durante a execução das pragas, até chegar na décima, a morte dos primogênitos dos egípcios.

Fiquei pensando sobre isto e percebi que nós cristãos também adoecemos com a “Síndrome de Faraó”. Quando enfrentamos momentos desesperadores, de grandes angústias e dores na vida, fazemos mil promessas a Deus. Dizemos que vamos Lhe obedecer, que tomaremos decisões diferentes e nos tornaremos pessoas melhores e mais dedicadas a Ele, caso o Senhor nos livre do terrível mal iminente.

Mas, quando o momento de aflição passa, nos esquecemos da promessa feita a Deus e tornamos a praticar os mesmos atos destemidos de antes, os quais, muitas vezes, tornam-se ainda piores. Da mesma forma que Faraó, corremos o risco de ter nossa mente cauterizada e o coração endurecido.

Não se engane, “de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Faraó só temia a Deus quando enfrentava grandes problemas. Tão logo as coisas voltassem ao normal ele voltava a zombar de Deus com suas atitudes rebeldes. Resultado: Além de todo o Egito ser humilhado, perder seu precioso filho, herdeiro de seu trono, Faraó e seu exército morreram afogados no Mar Vermelho quando perseguiam o povo de Deus.

Quando tomamos uma atitude obstinada e rebelde contra a voz do Senhor estamos fadados ao fracasso e à morte espiritual. Faça uma autoanálise para saber se possui a “Síndrome de Faraó”. Caso seja positivo, arrependa-se, ore ao Senhor para que lhe dê um coração obediente e grato a Deus por todos os livramentos concedidos e cumpra seus votos a Ele.

Um comentário:

Giza Nóbrega disse...

É isso mesmo,devemos pedir ao SENHOR que nos dê entendimento e tirar as escamas dos olhos