terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que tenho a ver com Amy Winehouse?

A notícia sobre a precoce morte de Amy Winehouse alarmou o mundo e nos fez mais uma vez olhar com atenção ao perigo que as drogas oferecem às pessoas.
Mas o triste é perceber que esta notícia fez poucas pessoas chorarem e hoje, meses após o ocorrido, isto não é nem mais lembrado. Por quê? Porque costumamos agir com desdém ao que está distante de nós.

Mas será que está distante mesmo? Você não conhece uma pessoa preciosa que está sendo destruída pelos vícios?

Eu conheço e tenho sofrido com minha família a dor de ter um parente próximo na mesma situação da Amy.

Minha irmã, Amanda, uma linda jovem de 19 anos de idade, hoje, escolheu a companhia de "amigos" traficantes e viciados ao alento do lar, um lar cristão que ofereceu a ela muito amor. Ela que foi a filha escolhida, a irmã amada, simplesmente decidiu nos deixar.

Domingo passado terminamos um abençoadíssimo congresso de família em nossa igreja. Muitos lares foram restaurados, muitas pessoas transformadas, mas nossa família está enfrentando a dor da rejeição. Fomos trocados pelas drogas.

Mas, apesar disto, continuamos firmes, à espera da intervenção do nosso Senhor Jesus.

Quem sabe um dia, como aquele filho pródigo da parábola contada pelo Senhor Jesus, Amanda volte ao lar, arrependida e reconhecendo o verdadeiro amor do lar e do Senhor.

Assim como Amy e Amanda há milhares de jovens sofrendo por causa desta maldita droga e o que temos feito? Por que não nos importamos com Amy? Por que não sentimos a dor de seus pais? Por que somos prontos em julgar e condenar e tardios em amar e oferecer ajuda? Por que passamos de largo quando jovens nas ruas clamam por socorro? Pensamos que jamais acontecerá conosco e que os nossos filhos estão imunes a toda miséria deste mundo, mas nos enganamos. Temos a tendência de pensar que os amigos de nossos filhos são os destrutivos e nos esquecemos que talvez outras famílias fazem o mesmo julgamento dos nossos.

Por que só amamos os nossos se estes são exatamente iguais aos outros? Por que o seu filho tem mais importância que o filho de uma pessoa que você não conhece? Por que não choramos pela Amy? Por que não temos sofrido por causa do "Nem" (traficante da Rocinha) e de sua mãe? Por que desprezamos essas vidas tão preciosas por quem Jesus morreu?

Por que? Esta é a resposta: Porque não temos amado como Jesus amou. Esta é a dura, mas verdadeira resposta. Temos medo de chegar às comunidades e oferecer nossos talentos porque podemos ser surpreendidos por balas perdidas, pois julgamos nossa vida mais importante do que a deles. Costumamos dizer que se Jesus estivesse aqui ele iria em busca dessas vidas... mas nos esquecemos que Ele está... Você e eu somos a representação de Jesus nesta terra. Temos Deus em nós e por isto não podemos julgar nossa vida por preciosa. Temos de chorar por pessoas como Amy, Amanda e Nem. Temos de amar essas vidas e irmos atrás delas, pois estão cegas e perdidas.

Hoje meu coração sangra e chora pela perda de minha doce irmã. Na realidade, as drogas roubaram sua doçura, mas para mim a Amanda continuará a ser minha amada e terna criança... Senhor, que eu chore pelas vidas como choro hoje por minha irmã. Que eu ame os perdidos como amo Amanda. Que eu deseje a restauração desses jovens iludidos como desejo a de minha irmã...

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