quarta-feira, 30 de novembro de 2011

BUEIROS ABERTOS E PECADOS REPENTINOS!

Acontece num instante. Você está andando e assobiando satisfeito e no minuto seguinte se vê caindo, de olhos abertos. Você despenca indefeso, percebendo a queda, mas incapaz de controlá-la. Bate no fundo e fica olhando, estupefato, para a escuridão.

É assim que se processa o pecado repentino.

Você já se envolveu nele? Poucos pecados são premeditados e planejados.

Passamos o tempo evitando o pecado e não planejando cometê-lo. Não pense, porém, um minuto sequer que só por não desejar cair, isso não vai acontecer com você.
Satanás tem um estratagema especial a sua espera, e ele só faz uso desse estratagema quando você não estiver atento. Seu jogo é sujo. Ele é o mestre das armadilhas e o autor dos momentos de fraqueza, aguardando quando você fica de costas, quando suas defesas baixam. Ele espera o sinal tocar e sua volta ao canto do ringue. A seguir, faz pontaria mirando a sua maior fraqueza e... acertou no alvo!

Você perde a paciência; Cede à cobiça; Cai; Beija a mulher que não é a sua; Acompanha a multidão; Racionaliza; Concorda; Assina seu nome; Esquece quem é; Entra no quarto; Espia pela janela; Quebra a promessa; Compra aquela revista; Acessa aquele site; Mente; Deseja; Bate os pés e exige os seus direitos; Você nega o seu Mestre.

É Davi despindo Bate-Seba. É Adão aceitando o fruto de Eva. É Abraão mentindo sobre Sara. É Pedro negando conhecer Jesus. É Noé embriagado e nu em sua tenda. É Ló, na cama com sua própria filha. É o seu pior pesadelo. É repentino. É pecado.

Satanás tira a tampa do bueiro e um passeio inocente ao cair da tarde se transforma em pesadelo.

Sabemos o que estamos fazendo e ao mesmo tempo não acreditamos estar cometendo tal ato. Na névoa da fraqueza desejamos parar, mas não possuímos a força de vontade para tanto. Queremos voltar, mas nossos pés não se movem. Queremos correr e lamentavelmente, desejamos ficar.

É o adolescente no banco de trás do carro. O alcoólatra comprando “só” mais uma dose. O chefe pegando na mão da secretária. O marido entrando na loja de artigos eróticos. A mãe perdendo o seu controle. O pai espancando seu filho. O jogador perdendo o seu dinheiro. O cristão descontrolado. É Satanás tomando o leme.

Confusão; Culpa; Racionalização; Desespero. Tudo nos atinge e penetra fundo.  Nós nos levantamos estonteados e tropeçamos de volta ao nosso mundo.

“Oh, Deus, o que fiz?”
“Devo contar a alguém?”
“Não vou repetir isso outra vez.”
“Meu Deus, podes perdoar-me?”

Ninguém que leia estas linhas está livre da traição do pecado repentino. Ninguém se acha imune a este estratagema da perdição.

Alguns de vocês sabem exatamente o que eu digo. Poderiam até escrever essas palavras melhor do que eu, não é? Alguns de vocês, como eu, tropeçaram tantas vezes que o mau hálito de Satanás não é mais novidade. Vocês pediram o perdão de Deus repetidamente e temem que o poço de misericórdia possa ter secado.

Quer reforçar um pouco as suas defesas? Precisa de ajuda para aguçar as suas armas? Já caiu bueiro abaixo excessivas vezes? Considere então as ideias abaixo:

Primeiro, reconheça Satanás. Nossa luta não é contra a carne e sangue, mas com o próprio diabo. Siga o exemplo de Jesus ao encontrar Satanás no deserto. Chame-o pelo nome. Tire a sua máscara. Denuncie o seu disfarce. Ele aparece sob as formas mais inocentes: uma saída à noite com os amigos, um livro aparentemente bom, um filme popular, uma vizinha bonita, um olhar cobiçoso que leva a um pensamento que leva a uma busca desenfreada por satisfação na internet. Mas não deixe que o engane! Quando o impulso de pecar surgir de repente, olhe dentro de seus olhos e mostre que não se iludiu: “Arreda, Satanás!”

Nunca tente brincar com esse anjo caído. Ele irá moê-lo como trigo.

Segundo, aceite o perdão de Deus. O capítulo 7 do livro de Romanos é a “Lei Áurea” para todos os que têm a tendência de tropeçar. Veja o versículo 15: “Eu não entendo aquilo que faço, porque não faço as coisas boas que quero fazer. Ao contrário, faço as coisas más que odeio fazer”.

Parece familiar? Continue. Versículos 18 e 19: “Sim, eu sei que nada de bom vive em mim, isto é, naquela parte de mim que é humana e pecadora. Eu quero fazer o que é bom, mas não faço. Eu não faço as coisas boas que quero fazer. Ao contrário, faço as coisas más que não quero fazer”.

Esse escritor deve certamente ter lido o meu diário! “Que homem tão miserável que sou! Quem poderá me salvar deste corpo que me conduz para a morte?” (verso 24).

Por favor, Paulo, não pare aí! Não existe um oásis nesse deserto de culpa?

Existe! Agradeça a Deus e beba avidamente ao ler o versículo 25 e o verso 1 do capítulo 8: “Dou graças a Deus por meio de nosso Salvador Jesus Cristo. Assim, em minha mente, sou escravo da lei de Deus, mas naquela parte de mim que é humana e pecadora, sou escravo da lei do pecado. Portanto, agora já não há condenação para as pessoas que estão em Cristo Jesus”.

Amém! Aí está. Você leu corretamente. Sublinhe a frase se quiser: Para os que estão em Cristo (pertencem a Ele) não há nenhuma condenação.

Reivindique a promessa.
Memorize as palavras.
Aceite a purificação.
Lance fora a culpa.
Louve ao Senhor.
E... fique vigilante, atento aos bueiros sem tampa.

Extraído do livro “Moldado por Deus” de Max Lucado.

E-mail enviado por Ana Lúcia Moneiro

Um comentário:

Ana Lucia Moneiro Domingues disse...

Realmente tremendo!Quando me deparei com essa mensagem pensei que tbm fosse gostar,afinal mexe com todos nós!
Revela nossas fraquezas e tropeços em bueiros que ainda não fechamos a tampa!E o melhor.. o amor do PAI por nós e sua infinita misericórdia,que se não fosse por ela eu não estaria aqui!
Recebi de um amigo querido e tbm Pr;,louvo a Deus pelas vidas de meus amigos pastores,rs
shalon!